2.7.08

patos, patinhos, pitinhas e outros galináceos[ou viva la vida and death to republica das bananas]

na continuação do post anterior:


como resultado da minha campanha anti-pato bravo, aprendi que as ferramentas que dispomos estão desequilibradas. senão vejamos:

. é mais fácil e mais rápido fazer uma denúncia anónima à já famosa asae [dois clicks na internet] que uma denúncia em nome próprio e sustentada com testemunhas no act/igt [algumas horas de espera na loja do cidadão].

. que a mesma denúncia à asae é rapidamente verificada, enquanto que no outro caso, temos uma resposta do género "...sabe que os efectivos são poucos, pelo que normalmente só vamos aos locais de trabalho quando o queixoso/denunciante ainda se apresenta ao serviço. sendo já ex-funcionário, não dará qualquer resultado.."

. que o valor das multas ou sanções acessórias aplicadas a software ilegal, ausência de livro de reclamações, não afixação de horário de abertura e fecho de um estabelecimento comercial aberto ao público, reprodução ilegal de material fotográfico, vídeo e áudio são bastante superiores às aplicadas por não afixação dos horários de trabalho, falta de pagamento à seg. social, inexistência de contratos de trabalho e falhar com a retenção na fonte em sede de irs, para além da ampliação do horário trabalho para lá do limite legal e não pagamento de horas extra.




infiro assim, que o estado depreende que é mais gravoso e pode causar mais danos ao bem público utilizar photoshop sem pagar os merecidos dividendos a quem o criou, do que colocar seres humanos em condições de precariedade absoluta, roçando a escravidão, e dessa forma nem sequer cobrar aos mesmos o irs.



pela mesma linha de raciocínio, então o estado, como garante supremo do bem nacional, pode ser acusado de privilegiar quem de má-fé abusa do seu semelhante em função de um suposto retorno fiscal do mesmo [que, muito provavelmente também não passa facturas e dilúi os lucros numa operação de fuga aos impostos fazendo com que esse retorno não exista] ou de uma aplicação dos mesmos lucros em investimento [bmw's x5 e casas na praia?].

pelo que aprendi na escola, a isso chama-se fascismo.
(e vivam os bufos?!?)

ivan.


ps: após um relance à seca que escrevi em cima, acho que há frases a puxar para o maoísta/sindicalista do pós 25 de abril, e uma outra que pode parecer que saí agora da missa. aviso desde já que não sou nem uma coisa nem outra [ao contrário do sr. barbosa que insiste em me chamar maoísta]